Cuidados simples contra a covid e a varíola dos macacos
- longevidasite2022
- 22 de set. de 2022
- 4 min de leitura

Quando a pandemia de covid-19 começou, em dezembro de 2019, poucas pessoas imaginavam que, em tão pouco tempo, ela iria se espalhar pelo mundo todo. Mas quando a varíola dos macacos foi notificada, ainda durante os cuidados contra o coronavírus, especialistas ficaram em alerta.
As duas doenças são transmitidas por vírus. Enquanto uma foi causada pela mutação do vírus Sars-CoV, a varíola dos macacos é causada por um vírus muito semelhante ao da varíola comum, também da família Orthopoxvírus.
Assim como a melhor forma de prevenção contra o coronavírus é a vacinação, a vacina contra a varíola tem eficácia de aproximadamente 85% contra a varíola dos macacos.
Neste artigo, vamos apresentar alguns cuidados simples que você pode adotar no seu dia a dia para diminuir o risco de contágio, tanto contra a covid quanto contra a varíola dos macacos.
Higienização das mãos

Em 1847, um médico húngaro demonstrou que lavar as mãos entre um procedimento e outro contribuía para a queda das taxas de mortalidade dos pacientes.
Apesar da comprovação empírica, a prática só veio a ser oficialmente adotada um século depois. Foi só em 1980 que lavar as mãos se tornou obrigatório no sistema de saúde americano, por exemplo.
A mão é um veículo transmissor de microrganismos, como vírus, fungos e bactérias. Quando tocamos o próprio rosto ou seguramos um alimento, estamos ajudando esses organismos a entrarem em nosso corpo, seja pela boca, pelos olhos ou por um pequeno corte, por exemplo.
Ao higienizar as mãos, eliminamos esses corpos estranhos da nossa pele. O sabonete é feito especialmente para eliminar essa sujeira da pele.
Esse simples hábito previne infecções, diminui a chance de resfriados, diarréias e conjuntivites. Por isso, recomenda-se, sempre, lavar as mãos antes de manipular alimentos e antes de entrar em contato com bebês.
No caso da varíola e da covid-19, a higienização das mãos ajuda a eliminar o vírus da pele. Lembrando que, no caso do coronavírus, o vírus pode persistir nas superfícies por até 9 dias.
Assim como o uso de sabonete é altamente eficaz, o álcool com concentração acima de 60% também tem o efeito de eliminar esses microrganismos da pele.
Uso de máscara

Quando uma pessoa está infectada por algum vírus, como o Sars-CoV-2 ou a varíola, toda a secreção produzida pelo paciente contém o vírus. Isso quer dizer que o suor, o sêmen e a saliva são agentes infecciosos.
A máscara, cobrindo o nariz e a boca, tem um duplo papel: evitar que a pessoa saudável entre em contato com o vírus; e evitar que a pessoa infectada contamine outras pessoas.
Mesmo após a contaminação, os primeiros sintomas da covid-19 e da varíola podem demorar para aparecer. Assim, o doente segue com suas atividades diárias e entra em contato com várias outras pessoas.
Quando falamos, tossimos ou espirramos, partículas de saliva contaminada são arremessadas no ar. A máscara atua como uma proteção e reduz a possibilidade de contágio.
Como também podemos carregar microrganismos nas mãos, é preciso ter muito cuidado ao manusear a sua máscara. Quando for utilizar, toque sempre pelas alças e troque sua máscara a cada duas horas.
Evitar contato com pessoas infectadas
Assim como com o novo coronavírus, evitar contato com pessoas infectadas é um cuidado importante contra a varíola. Enquanto o primeiro é altamente contagioso pelas vias respiratórias, como um resfriado, o segundo é altamente contagioso pelo contato com as erupções na pele.
Esse cuidado inclui, também, o não compartilhamento de objetos pessoais, como lençóis, escova de cabelo, toalhas, copos e roupas. Como já mencionado, o vírus pode permanecer nas superfícies por horas.
As pessoas contaminadas devem permanecer em isolamento social. Todos os objetos usados devem ser higienizados, no caso de tecidos, recomenda-se a lavagem com água quente e sabão.
Vacinação

A varíola dos macacos já afetou mais de 89 países, segundo relatório da Organização Pan-Americana de Saúde (PAHO), e é considerada uma emergência de saúde pública de importância internacional.
Por isso, os governos brasileiro e de outros países já estão trabalhando para aquisição da vacina contra a varíola dos macacos. No entanto, a recomendação é de que apenas grupos prioritários, como as equipes de saúde, sejam vacinados.
Algumas evidências indicam que a vacina contra a varíola comum também tem efeitos contra a nova variante. No entanto, como a doença é considerada erradicada desde os anos 70, muitos países retiraram a dose do calendário vacinal.
No Brasil, as pessoas com marca no braço esquerdo, vacina do “revólver”, normalmente foram vacinadas contra a doença.
Já a vacina contra a covid-19 entrou para o calendário vacinal e pode ser adquirida, gratuitamente, no sistema público de saúde. São recomendadas, no mínimo, duas doses do imunizante. Crianças com cinco anos ou mais também devem ser imunizadas.
Os principais sintomas da covid são febre, tosse, cansaço e perda de paladar e olfato. Nesse caso, vá a uma unidade de saúde e faça o teste. Alguns laboratórios fazem a coleta à domicílio, mas você também pode comprar um teste rápido. Até a confirmação, o ideal é que evite contato com outras pessoas.
Já no caso da varíola dos macacos, os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dor nas costas, linfonodos inchados, principalmente os da garganta, calafrios e erupções cutâneas. Em caso de suspeitas, vá a uma unidade de saúde e informe se você teve ou não contato com alguém infectado.
Caso tenha dúvidas, entre em contato.
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